
Eu tenho vergonha de nossa alegria inconsequente, do nosso pão e circo desmedido, do nosso presidente vagabundo, da nossa cidadania capenga. E a vergonha, se não soluciona nada, ao menos tende à dignificação resignada.
Não bastasse um escândalo por dia, agora estamos sujeitos à tirania mais sutil e cruel que fabricamos: o simulacro da comemoração carnavalesca. O já-ganhou do imbecilismo tropical, onde o delírio macunaímico funde-se ao batuque repetido do discurso lationoamericano que insiste em colocar a culpa dos nossos fracassos no imperialismo mundial.
Estamos mal porque somos incompetentes, preguiçosos, acomodados, egoístas e sem memória.
O motoqueiro apressado não sinaliza ao virar, os espertinhos do poder público fazem negócios paralelos, retroalimenta-se a indústria da propina, universidades formam papagaios repetidores do conhecimento ungido.
E não se ofendam, senhoritos e senhoritas. Gastem a sua reação nacionalista com algum impulso mais construtivo: envergonhem-se e tentem votar melhor. Reajam a quem fura a fila, a quem avança o sinal, a quem desrespeita a mínima regra.
Nosso desastre coletivo começa no "foda-se" individual.
Não bastasse um escândalo por dia, agora estamos sujeitos à tirania mais sutil e cruel que fabricamos: o simulacro da comemoração carnavalesca. O já-ganhou do imbecilismo tropical, onde o delírio macunaímico funde-se ao batuque repetido do discurso lationoamericano que insiste em colocar a culpa dos nossos fracassos no imperialismo mundial.
Estamos mal porque somos incompetentes, preguiçosos, acomodados, egoístas e sem memória.
O motoqueiro apressado não sinaliza ao virar, os espertinhos do poder público fazem negócios paralelos, retroalimenta-se a indústria da propina, universidades formam papagaios repetidores do conhecimento ungido.
E não se ofendam, senhoritos e senhoritas. Gastem a sua reação nacionalista com algum impulso mais construtivo: envergonhem-se e tentem votar melhor. Reajam a quem fura a fila, a quem avança o sinal, a quem desrespeita a mínima regra.
Nosso desastre coletivo começa no "foda-se" individual.
Um comentário:
Simplesmente adoro tudo q vc escreve.
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