toda a troça do canto oco
que da barba escorre pegajosa
vem dele messiânico e tosco
inaciando a plebe rude;
coloca ao serviço do espúrio
a idiota de vermelha plumagem,
o plano é simples e mal
bancos gordos e alimento para a vassalagem,
dobram-se sinos e joelhos,
abrem-sem bolsos, revelam-se cuecas,
na fauna tropicada do poder
um martelo de mentiras brilha:
é a unanimidade da idiotia
que há de morrer, de si mesma,
um dia.
Metralhadora giratória, supra-sumo da discórdia, arcabouço da heresia, exercício reflexivo do incomum.
domingo, 29 de agosto de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
99876-1
yo quiero por bulerías
y amo por sevillanas;
sufro por tangos,
sueño por alegrías;
cada cante que me grita el pecho
silencia mi aire desvelado;
soy el quijote dantesco,
el payo payaso no gitano,
la bruja de los pasitos perdíos;
pero he querido más a ti
que el jesú ese a la gente.
y amo por sevillanas;
sufro por tangos,
sueño por alegrías;
cada cante que me grita el pecho
silencia mi aire desvelado;
soy el quijote dantesco,
el payo payaso no gitano,
la bruja de los pasitos perdíos;
pero he querido más a ti
que el jesú ese a la gente.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
poemasmeus- 9888-b
comeria eu alguns girassóis
por mera alegria diminuta,
dessas que temos em manhãs repentinas;
teu cabelo guarda meu sono felicíssimo,
meu repouso em cores mares,
e meu canto lá na sala;
visitar-te a boca é abraçar
toda sevilha inteira;
olé coração bom de ser;
ter-te minha é saber-me teu.
por mera alegria diminuta,
dessas que temos em manhãs repentinas;
teu cabelo guarda meu sono felicíssimo,
meu repouso em cores mares,
e meu canto lá na sala;
visitar-te a boca é abraçar
toda sevilha inteira;
olé coração bom de ser;
ter-te minha é saber-me teu.
poemasmeus 5556734-a
vasculhei teu fundo doce
procurando aquelas todas alegrias tantas,
tantas egoístas, mas tantas
que te dei;
encontrei o imenso armário vazio,
repleto de esquecimentos e coisinhas;
quis chamar-te vagabunda,
vim eu mesmo em meu socorro
solitário;
amar-te foi dilacerar-me por gosto,
rasgar-me as melhores vestes,
manada bubalina a pisotear meus sapatos melhores;
o homem quando ama,
derrama alma e companhia;
não vende a alma, empresta-a
somente;
ao diabo que te carregou
agora tua voz me fala da lonjura
absurda do improvável:
Tenta vir, meu bom, vem.
Quando já parti
ao meio
as metades que restavam de mim.
procurando aquelas todas alegrias tantas,
tantas egoístas, mas tantas
que te dei;
encontrei o imenso armário vazio,
repleto de esquecimentos e coisinhas;
quis chamar-te vagabunda,
vim eu mesmo em meu socorro
solitário;
amar-te foi dilacerar-me por gosto,
rasgar-me as melhores vestes,
manada bubalina a pisotear meus sapatos melhores;
o homem quando ama,
derrama alma e companhia;
não vende a alma, empresta-a
somente;
ao diabo que te carregou
agora tua voz me fala da lonjura
absurda do improvável:
Tenta vir, meu bom, vem.
Quando já parti
ao meio
as metades que restavam de mim.
terça-feira, 29 de junho de 2010
desde lejos
desde lejos he venido,
y mis ropas rotas de tanto venir,
y mi caballo fantasma de cansancio;
desde lejos he venido
con tu nombre de sed
en mi boca de arder,
he amado más de lo permitido
que la gente esa no lo entiende,
querer es pecar por aprecio,
es callarse pal cielo,
atarse uno por adentro;
desde lejos he venido
para saber si sigues tú
con los ojos de gris de plomo,
que tu vida tan pesada y limpia
me parecía una montaña de hierro
frío;
desde lejos muy lejos he venido
a verte de nuevo herida, hermosa y vieja:
el amor que se acaba
es el que menos se entierra.
y mis ropas rotas de tanto venir,
y mi caballo fantasma de cansancio;
desde lejos he venido
con tu nombre de sed
en mi boca de arder,
he amado más de lo permitido
que la gente esa no lo entiende,
querer es pecar por aprecio,
es callarse pal cielo,
atarse uno por adentro;
desde lejos he venido
para saber si sigues tú
con los ojos de gris de plomo,
que tu vida tan pesada y limpia
me parecía una montaña de hierro
frío;
desde lejos muy lejos he venido
a verte de nuevo herida, hermosa y vieja:
el amor que se acaba
es el que menos se entierra.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
ESTAMOS DE VOLTA
Depois de um enorme intervalinho, volto a postar coisas por aqui. Também agora no Twitter: @RPaolinelli
:)
:)
segunda-feira, 24 de maio de 2010
escrituras malemolentes 01
Assim dá-se a coisa do escrever: é um deslize de letras que configuram troços bonitos. E feios, bem das vezes, duma feiúra boa que é mansa de falar.
Pensei muito já que registrar palavras é gravar beijos que mereceram sair pro mundo.
Porque tem disso..beijos merecidos e outros tantos abortados.
Ou pior, aqueles que, se pudéssemos, pediríamos devolução retroativa.
Pensei muito já que registrar palavras é gravar beijos que mereceram sair pro mundo.
Porque tem disso..beijos merecidos e outros tantos abortados.
Ou pior, aqueles que, se pudéssemos, pediríamos devolução retroativa.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
poemasmeus 8876
onde repousa tua retina
achega-se à letra
tua menina de olhos;
cuida bem do rumo
que tuas órbitas seguem;
ler é beber alfabetos,
embriaga-te do bem.
achega-se à letra
tua menina de olhos;
cuida bem do rumo
que tuas órbitas seguem;
ler é beber alfabetos,
embriaga-te do bem.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
a pausa
a gota da letra tarda
milênios de horas secas;
enorme bosque de espera,
confusões às avessas;
escrever é lapidar tempo
em linhas tesas.
milênios de horas secas;
enorme bosque de espera,
confusões às avessas;
escrever é lapidar tempo
em linhas tesas.
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