Tem furor nos olhos marroquinos
que cruzam, furam, invadem, doem,
olha os olhos, olhos que mordem,
o arco da boca, a chave de perna
a mão da acolhida dura.
e veio no repente
das fibras ópticas inevitáveis,
montada no sopro do mediterrâneo meu, perdido,
quero-a como jamais deveria,
comer daquela boca
é nascer-me cada dia.
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