vienes tan harta de mundo
que se te caen las palabras
por el cuello guapo;
no entendías, quisiera besarte las letras
y limpiarte la cara de estos versos
contamidados de nostalgia, sed y agobios;
vienes tan harta de todo
y tan bonita,
tu pelo ni se entera de ná,
vienes tal como estás,
harta, triste y bella.
Metralhadora giratória, supra-sumo da discórdia, arcabouço da heresia, exercício reflexivo do incomum.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
poemasmeus 3340888
por debaixo da pele toda
ela arde;
que de ventos e medos treme
a alma covarde por vê-la;
vai de galope
o desejo bruto e bruto e lindo;
sua nuca tece o cabelo
da espera afligida;
que nem mil bocas
assim
me morderiam as palavras:
estar nela dentro é anterior
à escolha.
ela arde;
que de ventos e medos treme
a alma covarde por vê-la;
vai de galope
o desejo bruto e bruto e lindo;
sua nuca tece o cabelo
da espera afligida;
que nem mil bocas
assim
me morderiam as palavras:
estar nela dentro é anterior
à escolha.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
poemasmeus 87993
Um amor de laço é deveras
uma algema de flores;
Ao prender, arrebenta-se;
Ao maniatar, perde-se no outro
e
esvai-se num sem sentido;
vira gratidão inercial
ou, mais feio,
cárcere disfarçada de abraço longo;
diz ao teu amado, se o há,
ou se de fato amado foi,
que doem teus pulsos e pequena fica
tua alma em cima
de tua nudez cedida,
muitos abraços tem lugar
porque o vazio do não saber medo traz;
melhor então, muito, saltar ao reino infinito
dos futuros acolhimentos raros;
estar com quem não nos deixa ser
é não ser com quem não já sabe estar.
uma algema de flores;
Ao prender, arrebenta-se;
Ao maniatar, perde-se no outro
e
esvai-se num sem sentido;
vira gratidão inercial
ou, mais feio,
cárcere disfarçada de abraço longo;
diz ao teu amado, se o há,
ou se de fato amado foi,
que doem teus pulsos e pequena fica
tua alma em cima
de tua nudez cedida,
muitos abraços tem lugar
porque o vazio do não saber medo traz;
melhor então, muito, saltar ao reino infinito
dos futuros acolhimentos raros;
estar com quem não nos deixa ser
é não ser com quem não já sabe estar.
domingo, 6 de março de 2011
A bermuda, o colarzão, o abadá e Schopenhauer.
Cada ano é assim...as hordas felizes de seres enebriados pelos batuques, cachaças, multidões suarentas e o intercâmbio bacteriológico de bocas afoitas por línguas sortidas invadem os destinos óbvios da festança momesca.
Claro, aqueles que sobreviveram à viagem de ida, pois as nossas estradas andam fazendo uma bruta seleção natural dos viajeiros empolgadíssimos.
Ainda há a volta, o retorno, que ceifa montes de vidas em nome do "preciso ir, é carnaval".
A coisa é assim e se reproduz velozmente, acaba virando "o certo" a ser reproduzido. No Brasil, ser feliz no carnaval virou obrigação.
Mas a ninguém ocorre qual é o preço da alegria epidêmica, da bebedeira e da combinação carro-axé-bebida-histeria.
O carnaval, senhoritos e senhoritas, também mata e mutila.
Claro, aqueles que sobreviveram à viagem de ida, pois as nossas estradas andam fazendo uma bruta seleção natural dos viajeiros empolgadíssimos.
Ainda há a volta, o retorno, que ceifa montes de vidas em nome do "preciso ir, é carnaval".
A coisa é assim e se reproduz velozmente, acaba virando "o certo" a ser reproduzido. No Brasil, ser feliz no carnaval virou obrigação.
Mas a ninguém ocorre qual é o preço da alegria epidêmica, da bebedeira e da combinação carro-axé-bebida-histeria.
O carnaval, senhoritos e senhoritas, também mata e mutila.
poemasmeus 344498
o tempo no ártico
é igualmente branco e estático;
há dias assim dentro do mais de mim,
onde o nada de vontade beija a boca
do nada de sentido;
natural da vida
é a espera
pelo melhor dela;
mas onde estará
se mais das vezes
é tudo que já foi?
é igualmente branco e estático;
há dias assim dentro do mais de mim,
onde o nada de vontade beija a boca
do nada de sentido;
natural da vida
é a espera
pelo melhor dela;
mas onde estará
se mais das vezes
é tudo que já foi?
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