Cada ano é assim...as hordas felizes de seres enebriados pelos batuques, cachaças, multidões suarentas e o intercâmbio bacteriológico de bocas afoitas por línguas sortidas invadem os destinos óbvios da festança momesca.
Claro, aqueles que sobreviveram à viagem de ida, pois as nossas estradas andam fazendo uma bruta seleção natural dos viajeiros empolgadíssimos.
Ainda há a volta, o retorno, que ceifa montes de vidas em nome do "preciso ir, é carnaval".
A coisa é assim e se reproduz velozmente, acaba virando "o certo" a ser reproduzido. No Brasil, ser feliz no carnaval virou obrigação.
Mas a ninguém ocorre qual é o preço da alegria epidêmica, da bebedeira e da combinação carro-axé-bebida-histeria.
O carnaval, senhoritos e senhoritas, também mata e mutila.
Metralhadora giratória, supra-sumo da discórdia, arcabouço da heresia, exercício reflexivo do incomum.
domingo, 6 de março de 2011
A bermuda, o colarzão, o abadá e Schopenhauer.
poemasmeus 344498
o tempo no ártico
é igualmente branco e estático;
há dias assim dentro do mais de mim,
onde o nada de vontade beija a boca
do nada de sentido;
natural da vida
é a espera
pelo melhor dela;
mas onde estará
se mais das vezes
é tudo que já foi?
é igualmente branco e estático;
há dias assim dentro do mais de mim,
onde o nada de vontade beija a boca
do nada de sentido;
natural da vida
é a espera
pelo melhor dela;
mas onde estará
se mais das vezes
é tudo que já foi?
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