quarta-feira, 1 de julho de 2009

poemasmeus 8898

o beijo do reencontro
tem aquilo do mel
já conhecido;
conheço e reconheço aquela
toda boca de falta, que arde,
na latência adiada do peito
vasto;

são línguas que querem dizer-se:
amo-te ainda e agora;
come de mim tuas palavras,
leva de mim tua memória;

o desespero doce
da saudade imensa;

mas ao irmos, amor,
ao longe de nós,
vem o duro golpe;

beijar-te de novo
era apenas
buscar-me no ontem.

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