segunda-feira, 20 de julho de 2009

poemasmeus76665

eu me derramo
sobre o ventre que desenho,
me derramo em letras,
em lágrimas plenas de tudo;

é como regasse eu
o teu jardim absoluto;

eu me derramo forte inteiro
por sobre teu mar de pele mansa,

é como soubesse eu
da tua varanda imaginária
apenas simples;

eu me derramo impiedoso
sobre teu corpo de sede,
tua boca de ares,
tuas pernas de espera:

dá-me o afago de tulipas
enlaçando girassóis.

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