O homem, na sua homenzice, quer sempre ter ou parecer ter o ego-falo maior que os falos-outrem. Digamos assim, que seu peru seja elevado ao nível de supermegacacete, o que, em termos comparativos, reduziria os outros a minicaralhinhos ou, no máximo, a pius medianus ordinarius.
Essa tontice toda porque dão-se aos centímetros mais importância que aos atributos essenciais.
Caráter conta menos.
Cognição lírica conta menos.
Capacitação afetiva conta menos ainda.
A mesma onda que faz o sujeito querer ter o seu maior que o dos outros é que produz, também, as cantadas de pneu em arrancadas furiosas, o volume exageradíssimo nos rádios automotivos, a disputa desenfreada pelo maior bíceps, a adoração descabida pela quantidade.
Quando, anotem aí, começarmos a ver procedimentos cirúrgicos de faloplastia de redução em lugar de aumentos protéticos do óbvio, daremos, humanidade, um passo a mais na escala evolutiva ( não, não estou fazendo ilações entre o do japonês desenvolvido com o do tanzaniano atrasadinho), porque só há demanda por tamanho onde há vazio de outros argumentos.
E a mulher, senhoritos, é um ser de afetividades, não um buraco infinito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário