tag:blogger.com,1999:blog-47811791427833282662024-02-07T05:38:50.756-03:00DESCONSTRUTIVUSMetralhadora giratória,
supra-sumo da discórdia,
arcabouço da heresia,
exercício reflexivo do incomum.Unknownnoreply@blogger.comBlogger220125tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-70071195354462046562015-06-09T23:37:00.002-03:002015-06-09T23:37:53.693-03:00AvessoEla é fugidia,
Não se encontra,
Nunca está lá;
Eu a desenho e a desfaço,
Ela me deixa em pedaços,
Mostra-se mas não vai,
Existe, mas é impossível no caminho é improvável no rumo;
Desconcerta-me os versos, entorta minha querência
Desasossega tudo de mim;
Ela tem toda estampa
Que as minhas retinas devoram.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-31985648691806330682013-08-01T16:02:00.001-03:002013-08-01T16:02:19.341-03:00
Sou uma savana no coração;
Não a tenho, nela tampouco estou,
Sou,
E em sendo a tudo vou
A tudo saio
E onde caio
Ninguém já vê.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-34022860039783860852012-07-12T13:53:00.003-03:002012-07-12T13:53:45.664-03:00E há quem pare um poema?
Ou lido, é inevitavelmente engolido
e tragado para o mais dentro
do fundo.
Mesmo e ainda
o poema
vagabundo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-77431462676876617742012-03-16T09:08:00.000-03:002012-03-16T09:08:49.996-03:00Poemasmeus 871129O que me dói sao as inteligências que se vão,<br />
As bocas que silenciam palavras boas,<br />
A procissão de patifes rumo à reprodução,<br />
<br />
E em pleno reino da Mediocridade<br />
Algumas poucas cores duelam contra o cinza populista:<br />
Nem direita, nem esquerda: chega de gente torta.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-48817345201052530652012-03-04T11:33:00.000-02:002012-03-04T11:33:02.131-02:00entrelinhas e remordimentosos passos que vão pelo mundo<br />
enlaçam as rotas tracejadas,<br />
cada meu passeio é<br />
uma peça cravejada<br />
de olhares, intenções e sorte;<br />
<br />
rebatem-me as ondas, nadar não me gosta<br />
o bom é saber do mar<br />
que traz e leva a esperança vã;<br />
<br />
sabe, mocinha, a humanidade é aflita:<br />
por isso diverte-se nalgum tempo que resta.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-18311896288616201872012-03-04T11:01:00.000-02:002012-03-04T11:01:05.017-02:002012- início tardio.Hoje decido voltar às letras, depois do enorme sono que usualmente instala-se no país deitado em berço esplêndido, ao som de tiroteios de ninar, entre dezembro e março.<br />
<br />
<br />
Em minhas andanças por terras forâneas, dou-me conta de que a propaganda governística cola aqui e acolá.<br />
<br />
O Brasil da publicidade é uma espécie de nova Dubai gigantíssima.<br />
<br />
Equivalente ao absurdo da piada mesma.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-47549252594301868652011-11-21T23:03:00.000-02:002011-11-21T23:03:59.843-02:00poemasmeus 874443-gvienes tan harta de mundo<br />
que se te caen las palabras<br />
por el cuello guapo;<br />
<br />
no entendías, quisiera besarte las letras<br />
y limpiarte la cara de estos versos<br />
contamidados de nostalgia, sed y agobios;<br />
<br />
vienes tan harta de todo<br />
y tan bonita,<br />
tu pelo ni se entera de ná,<br />
vienes tal como estás,<br />
harta, triste y bella.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-53143186345821304702011-11-17T00:28:00.000-02:002011-11-17T00:28:26.763-02:00poemasmeus 3340888por debaixo da pele toda <br />
ela arde;<br />
que de ventos e medos treme<br />
a alma covarde por vê-la;<br />
<br />
vai de galope<br />
o desejo bruto e bruto e lindo;<br />
sua nuca tece o cabelo<br />
da espera afligida;<br />
<br />
que nem mil bocas<br />
assim<br />
me morderiam as palavras:<br />
estar nela dentro é anterior<br />
à escolha.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-69974557691195263632011-11-16T01:28:00.001-02:002011-11-16T01:29:53.130-02:00poemasmeus 87993Um amor de laço é deveras<br />
uma algema de flores;<br />
Ao prender, arrebenta-se;<br />
Ao maniatar, perde-se no outro<br />
e<br />
esvai-se num sem sentido;<br />
<br />
vira gratidão inercial<br />
ou, mais feio,<br />
cárcere disfarçada de abraço longo;<br />
<br />
diz ao teu amado, se o há,<br />
ou se de fato amado foi,<br />
que doem teus pulsos e pequena fica<br />
tua alma em cima<br />
de tua nudez cedida,<br />
<br />
muitos abraços tem lugar<br />
porque o vazio do não saber medo traz;<br />
<br />
melhor então, muito, saltar ao reino infinito<br />
dos futuros acolhimentos raros;<br />
<br />
estar com quem não nos deixa ser<br />
é não ser com quem não já sabe estar.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-41611824339116073782011-03-06T02:41:00.002-02:002011-03-06T02:55:04.972-02:00A bermuda, o colarzão, o abadá e Schopenhauer.Cada ano é assim...as hordas felizes de seres enebriados pelos batuques, cachaças, multidões suarentas e o intercâmbio bacteriológico de bocas afoitas por línguas sortidas invadem os destinos óbvios da festança momesca.<br /><br />Claro, aqueles que sobreviveram à viagem de ida, pois as nossas estradas andam fazendo uma bruta seleção natural dos viajeiros empolgadíssimos.<br /><br />Ainda há a volta, o retorno, que ceifa montes de vidas em nome do "preciso ir, é carnaval".<br /><br />A coisa é assim e se reproduz velozmente, acaba virando "o certo" a ser reproduzido. No Brasil, ser feliz no carnaval virou obrigação.<br /><br />Mas a ninguém ocorre qual é o preço da alegria epidêmica, da bebedeira e da combinação carro-axé-bebida-histeria.<br /><br />O carnaval, senhoritos e senhoritas, também mata e mutila.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-87448757334642323982011-03-06T02:26:00.002-02:002011-03-06T02:29:44.188-02:00poemasmeus 344498o tempo no ártico<br />é igualmente branco e estático;<br />há dias assim dentro do mais de mim,<br />onde o nada de vontade beija a boca<br />do nada de sentido;<br /><br />natural da vida<br />é a espera<br />pelo melhor dela;<br />mas onde estará<br />se mais das vezes<br />é tudo que já foi?Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-77699212208437067182010-08-29T20:54:00.002-03:002010-08-29T21:01:05.817-03:00poemasmeus 334098-btoda a troça do canto oco<br />que da barba escorre pegajosa<br />vem dele messiânico e tosco<br />inaciando a plebe rude;<br /><br />coloca ao serviço do espúrio<br />a idiota de vermelha plumagem,<br />o plano é simples e mal<br />bancos gordos e alimento para a vassalagem,<br /><br />dobram-se sinos e joelhos,<br />abrem-sem bolsos, revelam-se cuecas,<br />na fauna tropicada do poder<br />um martelo de mentiras brilha:<br />é a unanimidade da idiotia<br />que há de morrer, de si mesma,<br />um dia.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-26685029780755076672010-07-03T14:19:00.004-03:002011-03-06T02:37:59.737-02:0099876-1yo quiero por bulerías<br />y amo por sevillanas;<br /><br />sufro por tangos,<br />sueño por alegrías;<br /><br />cada cante que me grita el pecho<br />silencia mi aire desvelado;<br /><br />soy el quijote dantesco,<br />el payo payaso no gitano,<br />la bruja de los pasitos perdíos;<br /><br />pero he querido más a ti<br />que el jesú ese a la gente.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-17458127650758564062010-07-01T18:55:00.002-03:002010-07-01T19:04:13.782-03:00poemasmeus- 9888-bcomeria eu alguns girassóis<br />por mera alegria diminuta,<br />dessas que temos em manhãs repentinas;<br /><br />teu cabelo guarda meu sono felicíssimo,<br />meu repouso em cores mares,<br />e meu canto lá na sala;<br /><br />visitar-te a boca é abraçar<br />toda sevilha inteira;<br /><br />olé coração bom de ser;<br /><br />ter-te minha é saber-me teu.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-57709442382831855942010-07-01T18:47:00.002-03:002010-07-01T18:54:50.146-03:00poemasmeus 5556734-avasculhei teu fundo doce<br />procurando aquelas todas alegrias tantas,<br />tantas egoístas, mas tantas<br />que te dei;<br /><br />encontrei o imenso armário vazio,<br />repleto de esquecimentos e coisinhas;<br /><br />quis chamar-te vagabunda,<br />vim eu mesmo em meu socorro<br />solitário;<br /><br />amar-te foi dilacerar-me por gosto,<br />rasgar-me as melhores vestes,<br />manada bubalina a pisotear meus sapatos melhores;<br /><br />o homem quando ama,<br />derrama alma e companhia;<br />não vende a alma, empresta-a<br />somente;<br /><br />ao diabo que te carregou<br /><br />agora tua voz me fala da lonjura<br />absurda do improvável:<br />Tenta vir, meu bom, vem.<br /><br />Quando já parti<br />ao meio<br />as metades que restavam de mim.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-56420304261895995112010-06-29T20:34:00.002-03:002010-06-29T20:39:32.484-03:00desde lejosdesde lejos he venido,<br />y mis ropas rotas de tanto venir,<br />y mi caballo fantasma de cansancio;<br /><br />desde lejos he venido<br />con tu nombre de sed<br />en mi boca de arder,<br /><br />he amado más de lo permitido<br />que la gente esa no lo entiende,<br />querer es pecar por aprecio,<br />es callarse pal cielo,<br />atarse uno por adentro;<br /><br />desde lejos he venido<br />para saber si sigues tú<br />con los ojos de gris de plomo,<br />que tu vida tan pesada y limpia<br />me parecía una montaña de hierro<br />frío;<br /><br />desde lejos muy lejos he venido<br />a verte de nuevo herida, hermosa y vieja:<br />el amor que se acaba<br />es el que menos se entierra.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-56376490657743545772010-06-14T10:30:00.001-03:002010-06-14T10:31:37.226-03:00ESTAMOS DE VOLTADepois de um enorme intervalinho, volto a postar coisas por aqui. Também agora no Twitter: @RPaolinelli<br /><br />:)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-41404590601836864092010-05-24T00:36:00.002-03:002010-05-24T00:43:25.353-03:00escrituras malemolentes 01Assim dá-se a coisa do escrever: é um deslize de letras que configuram troços bonitos. E feios, bem das vezes, duma feiúra boa que é mansa de falar.<br />Pensei muito já que registrar palavras é gravar beijos que mereceram sair pro mundo.<br />Porque tem disso..beijos merecidos e outros tantos abortados.<br />Ou pior, aqueles que, se pudéssemos, pediríamos devolução retroativa.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-37516319797111226492010-01-08T16:06:00.001-02:002010-01-08T16:08:11.759-02:00poemasmeus 8876onde repousa tua retina<br />achega-se à letra<br />tua menina de olhos;<br /><br />cuida bem do rumo<br />que tuas órbitas seguem;<br /><br />ler é beber alfabetos,<br />embriaga-te do bem.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-86497723013353021522010-01-07T02:00:00.002-02:002010-01-07T02:02:12.347-02:00a pausaa gota da letra tarda<br />milênios de horas secas;<br /><br />enorme bosque de espera,<br />confusões às avessas;<br /><br />escrever é lapidar tempo<br />em linhas tesas.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-42040520280140805752009-10-14T15:18:00.002-02:002009-10-14T15:20:39.343-02:00quando houve nalgum tempo<br />o mais abraço dos ventos<br />não era assim tão igual ao que <br />hoje temos;<br /><br />absoluto encontro<br />do encaixe,<br />fina flor de todo<br />complemento;<br /><br />ver-te indo é<br />ir-me junto:<br />volta não,<br />não sai.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-53423896544053121702009-10-02T16:18:00.002-03:002009-10-02T16:22:22.608-03:00poemasmeus 000001tem ar e cal<br />o nome da amada,<br />e vão nela olhos<br />de comer o planeta por cores;<br />primeiro, ela tragou todo o verde<br />que a suavidade podia dar conta;<br />ao verde, deu-lhe tons de rosa, por ser<br />ela amiga das alegrias mais diminutas;<br /><br />tam cal, tem ar,<br />o nome da amada tem tudo<br />que me faz calar;<br /><br />parece ser que até as ruas<br />lhe fazem reverência ao passar:<br /><br />tem cal, tem ar,<br />tem calma<br />tem mar,<br />tem eu em baile bom<br />e<br />tem, ao fundo do fundo,<br />o amor, em todo tom.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-63488470072562722212009-09-11T00:12:00.002-03:002009-09-11T00:15:16.367-03:00tua toda fauna pura<br />em minha retina<br />se conjura;<br /><br />nosso amor oxigena;<br />nossa delícia<br />não se evapora,<br />e na raiz do meu poema,<br />rega a água<br />sem demora.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-36355953064921527282009-08-16T21:39:00.002-03:002009-08-16T21:42:49.914-03:00poemasmeus 5534eu beijaria<br />tua sobrancelha esquerda,<br />teu pulso direito,<br />teu sonho primeiro<br />e tua alegria última;<br /><br />para elevar em balões de cores<br />o mais digno<br />dos teus únicos amores;<br /><br />tua boca em suspensão lenta,<br />meu abraço absurdo de pleno,<br />cada rua radiante<br />para nossos caminhos à frente;<br /><br />quero ardência sem torpor<br />e amanhãs livres<br />de adeuses.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4781179142783328266.post-60901237584987911792009-08-16T16:18:00.001-03:002009-08-16T16:23:32.690-03:00paixão não é vexame,<br />ame,<br />inflame seu céu, <br />abrace em brasa,<br />viva, morda e arda.Unknownnoreply@blogger.com0