vasculhei teu fundo doce
procurando aquelas todas alegrias tantas,
tantas egoístas, mas tantas
que te dei;
encontrei o imenso armário vazio,
repleto de esquecimentos e coisinhas;
quis chamar-te vagabunda,
vim eu mesmo em meu socorro
solitário;
amar-te foi dilacerar-me por gosto,
rasgar-me as melhores vestes,
manada bubalina a pisotear meus sapatos melhores;
o homem quando ama,
derrama alma e companhia;
não vende a alma, empresta-a
somente;
ao diabo que te carregou
agora tua voz me fala da lonjura
absurda do improvável:
Tenta vir, meu bom, vem.
Quando já parti
ao meio
as metades que restavam de mim.
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