quinta-feira, 1 de julho de 2010

poemasmeus 5556734-a

vasculhei teu fundo doce
procurando aquelas todas alegrias tantas,
tantas egoístas, mas tantas
que te dei;

encontrei o imenso armário vazio,
repleto de esquecimentos e coisinhas;

quis chamar-te vagabunda,
vim eu mesmo em meu socorro
solitário;

amar-te foi dilacerar-me por gosto,
rasgar-me as melhores vestes,
manada bubalina a pisotear meus sapatos melhores;

o homem quando ama,
derrama alma e companhia;
não vende a alma, empresta-a
somente;

ao diabo que te carregou

agora tua voz me fala da lonjura
absurda do improvável:
Tenta vir, meu bom, vem.

Quando já parti
ao meio
as metades que restavam de mim.

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