línguas em profusão vermelha
densa, o universo diminuto
na vastidão imensa
das bocas mansas;
mordo tua braveza errante
para tragar muito
dos teus sonhos enterrados;
minhalma no sakê da tua,
vamos rolando abaixo
pelo chão de estrelas inusitadas;
coloca reticências ao fim do beijo,
toca a lua em meu dorso,
o nascimento do amor
é ébrio, doce e desliza;
que da tua muita falta
seja a minha
presença sentida.
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