eu me derramo
sobre o ventre que desenho,
me derramo em letras,
em lágrimas plenas de tudo;
é como regasse eu
o teu jardim absoluto;
eu me derramo forte inteiro
por sobre teu mar de pele mansa,
é como soubesse eu
da tua varanda imaginária
apenas simples;
eu me derramo impiedoso
sobre teu corpo de sede,
tua boca de ares,
tuas pernas de espera:
dá-me o afago de tulipas
enlaçando girassóis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário