a trama do ninho em chamas,
árvore mais discreta do cerrado,
quase sem ver-se do chão,
cor de terra despercebida,
apagadinha na rasteiridão;
lá, nela, entre o fogo lento
e a lua, que é estrela de espera,
brotam-se diminutas flores
saídas da casca dura;
o céu nem percebeu,
o sol castiga e apura,
mas é de cada pétala ínfima
que nasce e brilha
cada nossa
espera mútua.
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