quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Direitos Identitários Culturais

Cá neste pedaço tropical de mundo, pergunto-me eu, por quê caralhos tenho que gostar de axé, pagode e torresmo comido de boca aberta? Por quê, oh céus, há uma quase obrigatoriedade de alegria entre o Trópico de Cancer e o de Capricornio? Viola-se, sinto, meu direito fundamental às identidades culturais que me aprazem mais. Meu passaporte não revela meu pavor. O Estado não respeita o meu gosto. As minhas preferências preponderantes não são tupiniquins.


E aí?


Aí, digo eu, ora pipocas, onde estão os juristas para que defendam a Causa? Nascimento é condena prévia? Se querem ver o Tio Sam tocando tamborim, vá lá, mas não me obriguem a fazer a mesma coisa, porque acho um saco. Aliás, pensando bem, toda música que se acelera e avacalha-se pode virar samba.

Que se me apresente uma ONG dessas que amam uma graninha federal. Que se me venha um petista engajado com aquele sorrisinho de vergonha relativa ( pois é...mas todo mundo já roubava antes, uai) e me diga que posso no Brasil não querer desejar ser brasileiro. Sem constrangimentos e aqui entre nós: o melhor que temos é uma língua bonita e bastante água potável.

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