esvazio-me amores de ontem
e bebo do ventre perfumado dela;
toda dança naquela pele
me flutua o dia,
é como era
ver de pequeno
o primeiro cavalo-marinho;
o sabor do absurdamente novo,
a cor bem-vindíssima,
a recrença no credo
perdido de mim;
assim, saída do amanhã,
ela vem recolhendo
meus sinais de anteontem,
minhas faces fotoelias,
meus keds, meu almanaquedisney,
meus aromas mirabel;
comer daqueles lábios
será
provar muito de mim,
mas com outra língua
noutro céu de boca,
meus sabores interpretados,
todas as letras em melangé;
quero a doce confusão
daqueles olhinhos de bom tumulto;
amor novo que vem,
que seja muito
tudo
seu lago em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário